quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Uma hora nem eu me aguento mais... estou dizendo.

Não faz sentido, como nenhum outro texto fez um dia, é apenas o que me vem a cabeça na hora em que eu abro tal site.
Têm muitas, mas muitas coisas pra serem ditas, faltam-me palavras, muitas palavras estão em falta por aqui, além de palavras, faltam-me expressões, exatamente... expressões.
Não sei dizer como estou, não sei dizer o que sinto quando vejo certas coisas, certas pessoas dizendo certas coisas, certas pessoas fazendo certas coisas... é egoísmo demais de, quase, todo mundo. Faz com que eu me sinta completamente angustiada, falta-me uma parte que se orgulha dos seres humanos em geral.

Ontem vi "Uma lição de vida", acho que era esse mesmo o nome do filme, mas não importa... O filme era sobre uma professora de literatura, que sempre foi muito fria com seus alunos, sempre se importou demais com seu trabalho e só; Até que ela descobre que está com câncer no útero, começa o tratamento maçante, e de repente se vê sozinha, completamente sozinha, por coincidência seu médico é um antigo aluno, do qual ela espera um ato sentimental dele para com ela, coisa que ela durante o curso nunca havia dado a ele, alias, nunca havia dado a ninguém. E percebe que tal médico ex-aluno, é muito parecido com ela, ama a profissão e só, e por ser médico, é realmente frio. Durante o filme ela relembra fatos de sua vida, nos quais ela, finalmente, consegue enxergar que poderia ter sido menos dura, menos fria... mas já era tarde, ela estava ali no seu leito de morte, e pior... sofrendo, arrependida e sozinha.
Enfim... não é exatamente do filme todo que quero comentar, era só isso mesmo.
Tal filme me fez pensar demais, aliás, me fez pensar das 2h às 7h, angustiante.

Eu aqui, querendo fugir do meu sentimentalismo exagerado, vejo um filme no qual mostra um alguém tendo uma morte horrível e solitária, porque não se importou em demonstrar um só sentimento por alguém durante a vida; Vou pensar o que? Pensar o que sempre pensei... eu ainda estou achando que estou em um período exagerado demais, mas eu jamais, jamais perderei a demonstração de meus sentimentos. Jamais.
Eu sei, eu sei que ainda vou chorar horrores porque são poucas as pessoas dessa vida que se importam com sentimentos alheios, mas sei também que eu jamais sofrerei por arrependimento de não ter demonstrado meus sentimentos, nem prestes a morrer, nem durante a minha vida toda e é isso que mais me importa... Eu não tenho medo algum de demonstrações, seja elas absurdamente lindas, absurdamente exageradas, toscas, 'baratas', seja ela qual for, farei toda minha vontade quanto a isso, toda a minha vontade... sempre.
E, por favor, não venha me dizer que eu vou sofrer, e daí? Eu já disse alguma vez que tenho medo de sofrer? É desesperador, mas não tem sensação mais vital do que seu coração disparado, seja de angustia, seja de felicidade por um sentimento correspondido, seja de tristeza por um sentimento rejeitado, o seu coração está ali, ele está sentindo... sim, ele está sentindo, ele não está ali só para bombardear sangue para seu corpo, ele está ali para guiar sua vida, não deixe de sentir o mesmo que ele, não deixe de ouvir o que ele está dizendo, pelo menos uma vez na sua vida, faça isso; faça e você sentirá o que é viver! Eu queria roubar as frases de Vinicius de Moraes, mas não lembro no momento, sei que ele diz algo como: quem não sofre não vive; ta, eu não sei se é exatamente assim, talvez seja muito diferente, mas o contexto é o mesmo.
E não, não me diga que sofrimento é opcional, você precisa se permitir primeiro a sentir uma coisa extremamente boa, para que então venha o sofrimento, após alguma decepção... nesse caso sim, ele é opcional, mas você quer viver sem sentir uma coisa extremamente boa?
Estou dizendo uma coisa extremamente boa, não o prazer de uma boa relação, não o prazer em ganhar algo, não o prazer de gastar com algo... prazer é bom sim, mas não é a melhor sensação... experimenta amar quem você escolheu para ter prazer, aliás, experimenta ter prazer com quem o teu amor escolheu, porque não – não pra mim – há a opção de escolher um amor, o seu amor escolhe alguém, quando ele quiser... pode ser tarde demais pra você, mas nunca é tarde demais para o amor...

Seja exagerado, seja absurdo, seja desesperador, seja chato, seja previsível... eu vou ser sempre assim e não me importa qual a sua opinião sobre minhas demonstrações, sobre a minha vontade imensa de mudar o mundo com Amor, eu sei que eu não me arrependerei depois.
Insisto em dizer a você: experimenta AMAR! Mas amar, sem medo, sem pretensão, sem interesse (...) Amar! E não, não pense que quando eu falo em amor, eu estou falando só do amor romântico, está longe disso, eu falo do Amor em geral, do Amor pelas pessoas... por essas tantas pessoas que passam por nossas vidas... eu falo de Amor, amor, Amor, amor... Amor!

E não vou nunca ter vergonha, ter pudor, ter medo ou qualquer outra coisa ruim que seja, eu vou mesmo sempre falar em/de/por Amor, se quiseres, não precisas me ouvir; queria muito que o mundo todo me ouvisse, ou se não ouvisse que ao menos praticasse o mesmo, mas como não tenho tal poder, você tem o direito de não cruzar o meu caminho, não procurar nada que seja meu... aliás, se não queres me ouvir, você não tem o direito, você tem o dever de me evitar.

Mas já que estais aqui... apenas, Ame.

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